A incubação de estágio único é um conceito bem-estabelecido nas empresas avícolas mais modernas. Devido à crescente demanda por carnes de aves e aos padrões de qualidade e segurança alimentar mais elevados, os mercados de carga múltipla mais tradicionais também estão começando a demonstrar um crescente interesse em sistemas de estágio único com tecnologias avançadas, como a Embryo-Response Incubation™. Para eliminar todas as dúvidas e concretizar os ganhos reais obtidos com o uso de incubadoras de estágio único, a Cooperativa LAR do Brasil e a Petersime uniram forças em um amplo estudo comparativo. 

A necessidade de fatos e números claros

No nível global, espera-se que a avicultura mantenha e até mesmo expanda a posição dominante na produção de carne. Os curtos ciclos de produção permitem que os produtores reajam rapidamente às flutuações do mercado. Devido a essa crescente demanda e aos padrões de qualidade e segurança alimentar mais elevados, a popularidade da incubação de estágio único está crescendo. No entanto, ao mesmo tempo, muitos incubatórios que vêm utilizando incubação de carga múltipla nos últimos 30 anos ou mais ainda parecem temer a mudança. 

Durante a fase de tomada de decisão para uma expansão de incubatório ou projeto iniciado do zero, as seguintes perguntas costumam surgir: "Em que medida as características do equipamento de incubação de estágio único afetam positivamente a eclosão, o desempenho de crescimento e os resultados econômicos? Qual é a vantagem real das incubadoras em estágio único"? Simplesmente mostrar a tendência global de progressão de sistemas de carga múltipla para sistemas de estágio único em incubatórios nem sempre é considerado um argumento convincente. É notável que quase todos os novos projetos de incubatório com capacidade instalada superior a 100 mil ovos por semana optem pela incubação de estágio único, ao passo que a maioria dos incubatórios de carga múltipla existentes costuma se apegar a incubadoras de carga múltipla para expansões de incubatório e novos projetos. 

Para quantificar as claras diferenças entre a incubação de carga múltipla e a de estágio único, a Cooperativa LAR do Brasil - uma das maiores operações avícolas do mundo - e a Petersime estabeleceram uma parceria para um amplo estudo comparativo, no qual foram testados protocolos e ovos idênticos em máquinas tanto com conceito de incubação de estágio único quanto o de carga múltipla. Nesse artigo, apresentamos os resultados mais relevantes desse estudo, que teve duração de um ano e meio. 

 

Resultados dos testes comparativos

Os resultados relatados neste artigo quantificam o desempenho de um lote ao longo de toda a vida útil de produção, de 30 a 60 semanas de idade. Durante os testes, mais de 2,5 milhões de ovos foram distribuídos igualmente entre os dois tipos de incubação (50% de carga múltipla, 50% de estágio único) para uma comparação de desempenho semanal. Entre todos os parâmetros de desempenho medidos, os mais relevantes (eclodibilidade, relação de conversão alimentar e mortalidade pós-eclosão) foram destacados nesse artigo (ver as Figuras 1, 2 e 3). As diferentes linhas nas figuras representam as tendências obtidas a partir dos dados reais. 

Petersime Trials Multi Stage Graph1 20201126 Pt
Figura 1: Eclosão de ovos incubados (%).
Petersime Trials Multi Stage Graph2 20201126 Pt
Figura 2: Relação de conversão alimentar (kg/kg).
Petersime Trials Multi Stage Graph3 20201126 Pt
Figura 3: Taxa de mortalidade (%).

Ao fim da vida útil de produção do lote, o ganho total médio em eclodibilidade para a incubação de estágio único foi de 1,3% em comparação à incubação de carga múltipla. O efeito benéfico sobre a eclodibilidade aumentava de acordo com o aumento da idade do lote. Com a idade do lote sendo subdividida em categorias, o ganho médio foi de quase 2% com uma idade do lote mais elevada (45 semanas ou mais). O benefício da conversão alimentar em estágio único foi equivalente a um ganho médio de 0,016 kg de ração por kg de ave viva, corrigido para um peso corporal final de 3,2 kg no abate com 45 dias. A mortalidade total pós-eclosão foi reduzida em uma média de 0,4% com o uso de incubadoras de estágio único, em decorrência de uma melhor qualidade dos pintinhos. É importante enfatizar que o protocolo foi idêntico para ambos os conceitos de incubação. 

Nesse estudo de caso com uma capacidade de incubatório para incubar 2 milhões de ovos por semana, o benefício do estágio único representa aproximadamente 1,6 milhão de pintinhos a mais por ano, o que equivale a aproximadamente 5 milhões de kg de ave viva. É interessante acrescentar que, após o teste, a Cooperativa LAR do Brasil decidiu investir em uma expansão do incubatório com incubadoras de estágio único da Petersime equipadas com tecnologia Embryo-Response Incubation™

 

Todos os benefícios do estágio único somados

Embora as incubadoras em estágio único exijam um investimento inicial maior a médio e longo prazo, elas claramente fornecem benefícios de desempenho economicamente atraentes para qualquer expansão ou investimento em novo incubatório. Isso explica por que cada vez mais incubatórios estão fazendo a transição da incubação de carga múltipla para a incubação de estágio único por mais de um motivo: 

  • Melhor desempenho: conforme comprovado pelos resultados relatados nesse artigo.
  • Maior biossegurança: como as incubadoras de carga múltipla nunca ficam vazias, elas não podem ser limpas de maneira fácil. As incubadoras em estágio único permitem uma limpeza fácil, rápida e minuciosa, e seu ambiente hermético minimiza os riscos à biossegurança. 
  • Logística operacional mais fácil: as incubadoras de carga múltipla são normalmente carregadas/descarregadas duas vezes por semana. Isso significa que sistemas de carga múltipla, em geral, exigem uma programação mais intensiva das atividades operacionais. 

A Petersime pode ajudar a mudar da incubação de carga múltipla para a incubação de estágio único. Não hesite em nos contatar para descobrir as possibilidades de retorno do investimento para seu incubatório. Além disso, oferecemos serviço resoluto e soluções de treinamento para ajudar você a atualizar seus negócios. 

Sobre os autores
Petersime Bruno Machado Sqr
Bruno Machado Consultor Global de Incubação

Como especialista em negócios de avicultura dedicado, Bruno Machado é formado em ciências animais, com MBA em avicultura e em gestão de negócios. Ele adquiriu profundo conhecimento na indústria avícola, por exemplo, na função de gerente de incubatório. Em sua função de Consultor Global de Incubação na Petersime, seu trabalho abrange projetos de pesquisa, teste de campo e também treinamento e suporte ao cliente.

Petersime Eduardo Romanini Sqr (1)
Eduardo Romanini Coordenador de P&D em Incubação

Eduardo Romanini é PhD em engenharia de biociências, com foco em tecnologias de incubação. Eduardo ingressou na Petersime para implementar o primeiro incubatório de estágio único da empresa no Brasil. Em seus passos seguintes, assumiu o suporte técnico e de incubação para clientes da América Latina e participou de um programa de pesquisa e desenvolvimento de produtos da UE. Atualmente, Eduardo coordena projetos de pesquisas de incubação e testes comerciais da Petersime.

Aqui estão nossos cookies - leves e completamente inofensivos Política de cookies Você pode selecionar quais cookies deseja permitir: